Demanda de seguros residenciais cresce 13% em cinco meses
O total arrecadado pela modalidade de seguro já ultrapassou R$ 2,6 bilhões em 2023.
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O total arrecadado pela modalidade de seguro já ultrapassou R$ 2,6 bilhões em 2023.
Em um cenário de incertezas econômicas e preocupações com a segurança patrimonial, o mercado de seguros residenciais registrou um notável crescimento nos primeiros cinco meses do ano. Segundo a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg), o total arrecadado pela modalidade de seguro já ultrapassou R$ 2,6 bilhões em 2023, 13% a mais do que o observado no mesmo período de 2022. Esse aumento expressivo tem chamado a atenção de especialistas e analistas do setor, que destacam a conscientização crescente dos proprietários de imóveis sobre a importância de proteger seus bens contra uma variedade de riscos.
Desde 2021, ainda de acordo com a CNseg, a demanda pelo Habitacional aumenta de forma constante, com variações mensais que alcançam entre 10% e 15%. O seguro é contratado em financiamentos habitacionais, e oferecem uma garantia basilar para o conjunto das operações de crédito imobiliário, que envolvem tanto a aquisição quanto a construção de imóveis residenciais.
O aumento da demanda por seguros residenciais pode ser impulsionado por outros diversos fatores, incluindo eventos climáticos extremos, cada vez mais frequentes, aumento das taxas de criminalidade e a percepção geral de que o lar é um dos ativos mais valiosos de uma pessoa. Ademais, as seguradoras estão se adaptando rapidamente para atender a demanda crescente, inovando em produtos e serviços, tornando-os mais personalizados a cada cliente.
Segundo o economista Lúcio Silva, do Grupo Euro 17 “no futuro próximo, com a redução da taxa básica de juros da economia, o financiamento de imóveis deverá crescer de forma mais vigorosa, e com ele o seguro residencial”. A expectativa do mercado é de que a taxa básica de juros, hoje em 12,75% ao ano recue para 9% até o final de 2024, segundo mostra o Relatório Focus do Banco Central.
Com efeito, a perspectiva de um maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) já fez a CNSeg revisar para cima a estimativa de expansão do mercado segurador, de 10,9 para 11,1% em 2023. Ainda segundo Lúcio Silva, “o crescimento do PIB deve ficar dos 3% esse ano, o que é um resultado excelente, tendo em vista as expectativas no início do ano. Em 2024, o crescimento deve ser mais modesto, porém, qualitativamente melhor, com maior investimento, juros menores e contas públicas em ordem. O que nos permite supor um ciclo mais duradouro de aumento do PIB”.